As políticas públicas para a televisão aberta no Brasil: o governo Lula da Silva (2003-2008)

Abstract

Este estudio histórico-descriptivo y analítico objetiva examinar la estructura de las políticas públicas de comunicación referentes a la televisión en rede abierta en Brasil, o aquellas que afecten directa o indirectamente este tipo de emisión televisiva, observando su forma y evolución a cada período político vivido, desde la década de 1950 – cuando el medio llegó al país – hasta el gobierno esquerdista del presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuando ocurre la implantación de la Televisión Digital Terrestre (TDT) y la creación de la primera red nacional de comunicación pública. La televisión abierta en Brasil se configura como el medio de comunicación más presente en los hogares de todo el territorio, siendo el principal instrumento de información y entretenimiento de la mayor parte de la población. Entretanto, aunque sean bienes públicos, los servicios de radiodifusión siempre han sido poco ejecutados por el Estado, que históricamente viene entregando a la iniciativa privada la tarea de explóralos. Así, el desarrollo de este medio se dio bajo principios más económicos y financieros que culturales y democráticos. En esta investigación, explicamos la formación de la televisión brasileña a partir de los movimientos ocurridos en el área tecnológica, económica-industrial, política y sociocultural, visto que el medio es condicionado por todas éstas. Las políticas públicas que rigen y determinan la forma e desenvolvimiento de la TV abierta son analizadas desde el punto de vista de los sujetos envueltos – el Estado y los gobiernos federales, la iniciativa privada y el empresariado del sector, el público y la sociedad civil organizada y el poder “púbico” brasileño – y del papel de cada uno de ellos en la dinámica de la regulación y de la reglamentación de la actividad en Brasil, posibilitando la aprensión de la configuración de tales políticas a lo largo del período de tiempo estudiado. Una de las principales constataciones es que la televisión abierta en Brasil es fruto de negociaciones políticas que siempre beneficiaron el grande empresariado del sector, en detrimento de los intereses sociales y culturales del país y en consonancia con las pretensiones de los sucesivos gobiernos en gestión. El principal condicionante en las formulaciones de las políticas estudiadas es, por lo tanto, el poder del empresariado privado nacional de medios de comunicación, fortalecido a lo largo de la Historia por el Estado brasileño, que construyó una tradición de relaciones clientelistas en los largos ciclos de gobiernos antidemocráticos y que até hoy preserva una sociedad marcada por relaciones jerarquizadas y privilegios que alcanzan el sector de la radiodifusión.

Este estudo histórico-descritivo e analítico visa destrinchar a estrutura das políticas públicas de comunicação referentes à televisão em rede aberta no Brasil, ou que afetem direta ou indiretamente esse tipo de emissão televisiva, observando sua forma e evolução a cada período político vivido, desde a década de 1950 – quando o meio chegou ao país – até o governo esquerdista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando se dá a implantação da Televisão Digital Terrestre (TDT) e a criação da primeira rede nacional de comunicação pública. A televisão aberta no Brasil se configura como o meio de comunicação mais presente nos lares em todo o território, sendo o principal instrumento de informação e entretenimento da maior parte da população. No entanto, apesar de serem bens públicos, os serviços de radiodifusão sempre foram pouco executados pelo Estado, que historicamente vem entregando à iniciativa privada a tarefa de explorá-los. Dessa forma, o desenvolvimento deste meio deu-se sob princípios mais econômicos e financeiros que culturais e democráticos. Nesta investigação, explicamos a formação da televisão brasileira a partir dos movimentos ocorridos nas áreas tecnológica, econômico-industrial, política e sociocultural, visto que o meio interage e é condicionado por todas elas. As políticas públicas que regem e determinam a forma e desenvolvimento da TV aberta são analisadas do ponto de vista dos sujeitos envolvidos – o Estado e os governos federais, a iniciativa privada e o empresariado do setor, o público e a sociedade civil organizada e o poder “púbico” brasileiro – e do papel de cada um deles na dinâmica da regulação e da regulamentação da atividade no Brasil, possibilitando assim a apreensão da configuração de tais políticas ao longo do período de tempo estudado. Uma das principais constatações é que a televisão aberta no Brasil é fruto de negociações políticas que sempre beneficiaram o grande empresariado da área, em detrimento dos interesses sociais e culturais do país e em consonância com as pretensões dos sucessivos governos em gestão. O principal condicionante nas formulações das políticas estudadas é, portanto, o poder do empresariado privado nacional de meios de comunicação, fortalecido ao longo da História pelo Estado brasileiro, que construiu uma tradição de relações clientelistas nos largos ciclos de governos antidemocráticos e que até hoje preserva uma sociedade marcada por relações hierarquizadas e privilégios que alcançam o setor da radiodifusão.