Habitar em Portugal nos anos 1960: ruptura e antecedentes. Un caminho pelo interior do discurso


Autor/a

Pedrosa, Patrícia Santos

Director/a

Montaner, Josep Maria, 1954-

Codirector/a

Muntañola i Thornberg, Josep, 1940-

Fecha de defensa

2010-10-26

ISBN

9788469418574

Depósito Legal

B.14540-2011



Departamento/Instituto

Universitat Politècnica de Catalunya. Departament de Projectes Arquitectònics

Resumen

El objetivo de la presente investigación es entender, a través del análisis de los discursos sobre el habitar, el pasar del tiempo en el interior de la arquitectura doméstica portuguesa, durante la década de 1960. Después de numerosas convulsiones políticas en las primeras décadas del siglo XX, Portugal empieza en 1928 un periodo que originará el Estado Novo y que implicará más de cuatro décadas de un régimen en el que el dictador, António de Oliveira Salazar, ha tenido un rol principal. En este contexto, los papeles de la familia, de la mujer y de la vivienda van sufriendo cambios a los que los arquitectos no son indiferentes y con los cuales se relacionan de modo heterogéneo.<br/>En la primera parte del trabajo son analizados dos momentos precedentes esenciales para la comprensión de los años 1960. El primero se inicia en la transición del siglo XIX al XX y se organiza alrededor de la figura del arquitecto Raul Lino y de la discusión de la "casa portuguesa". Además del análisis efectuado sobre el concepto de habitar, subyacente a los distintos trabajos publicados por este arquitecto, se cruzan sus propuestas con las de otros autores menos relevantes. Se trabajó igualmente los proyectos de vivienda colectiva de Lino, intentado reconocer en ellos sus intenciones predefinidas con respecto al habitar. En relación con este periodo se identifican, además de otras cuestiones, la de la transición del paradigma unifamiliar a la vivienda colectiva, así como las intuiciones, presentes o no dependiendo de los autores, cercanas a una perspectiva antropológica del habitar. Como segundo conjunto de producciones anteriores, surgen los textos de Francisco Keil do Amaral, Fernando Távora y Manuel Vicente Moreira, así como las propuestas presentadas al 1.º Congresso da Arquitectura Portuguesa (1948), en el grupo dedicado al tema de la vivienda.<br/>En la segunda parte de esta investigación se construye un entendimiento sobre la ruptura que la década de 1960 representa para la reflexión sobre la arquitectura doméstica portuguesa, a través de los distintos textos producidos por arquitectos y otros técnicos directamente implicados en estas preocupaciones. La madurez y el rigor implicados en la generalidad de los trabajos producidos surgen asociados a una profunda atención a la realidad. Es reconocible, en una línea con raíces anteriores, el deseo de mejorar en la acción del proyecto para que sea posible producir un habitar digno y valorizador del vivir doméstico. Ya en los primeros años del siglo, la arquitectura como producción deseablemente antropocentrada se podía encontrar el las propuestas de Raul Lino; pero, en los años 1960, la preocupación es objetivamente la vivienda colectiva. Así, la familia anónima que es necesario mapear se va a caracterizar, principalmente, a través de la cuantificación. Las distintas acciones de la teoría, de la crítica y, más tardíamente, de la historia, empiezan a hacerse con creciente complicidad con el proyecto. La búsqueda de la cientificidad, de la transdisciplinariedad y la idea de la Arquitectura como conocimiento encuentran eco en los múltiples discursos en los que los arquitectos pasan a ser parte activa.


The following research entails both an effort to single out any significant changes in Portuguese residential architecture during the 1960's and the ensuing discourses that took place along with it. From 1928 on and in the aftermath of the many political convolutions of the first two decades, Portugal enters a period in its history called Estado Novo, a period in which dictator Oliveira Salazar plays a major role for more than forty years. During this time, the role bestowed to the family, to women and the housing unit itself will suffer changes that were eventually addressed by architects in many different ways.<br/>The first part of this study will engage an analysis of two previous key moments, required for any understanding of the 1960's. The very first of these starts at the turn of the century and revolves both around the figure of architect Raul Lino and the concept of "casa portuguesa". In addition to Raul Lino's inquiries on the subject of the single-family home, manifest in the various of his published works, there will be a chance to engage less known authors as well. At this point, Lino's several apartment building projects will be contrasted with his thoughts on the subject of residential architecture. Among other issues, the observable change of focus from the single-family home to the apartment complex will be taken into account. It will also be questioned whether or not any of the authors engaged in the debate were anything close to holding an anthropological inkling when dealing with this subject. A second cluster of documents addressed in this research comprises several texts from Francisco Keil do Amaral, Fernando Távora and Manuel Vicente Moreira, all forerunner to our period of focus. There will be yet time to introduce the concluding remarks of the working group dedicated to the housing issue at the 1st Congress of Portuguese Architecture (1948).<br/>The second part of this research attempts a thorough insight of the significant changes brought by the 1960's into the subject of residential architecture in Portugal, accomplished in part with the help of a number of texts from architects and other professionals engaged in this issue at the time. The majority of the documents produced in this period show a degree of complexity and thoroughness by no means unrelated with an increased awareness of the problems themselves. Rooted in previous events somehow, it is easily recognized a genuine wish to improve the project stage in order to accommodate the proper articulation of a dignified habitat that can value domestic life. If a concept of anthropocentric architecture can be found in Raul Lino already at the dawn of the century, the apartment block is the prevailing issue by the 1960's. Consequently, the anonymous family is now subjected to quantification. The various distinct fields of theory or criticism and history later on, are now complicit with the project itself. The search for a scientific bearing, as well as more transdiciplinarity, the very idea of Architecture as knowledge, reverberate in a multitude of discourses fashioned perhaps for the first time by architects themselves.


O objectivo da presente investigação consiste em entender, através da análise dos discursos sobre o habitar, o passar do tempo no interior da arquitectura doméstica portuguesa, até ao final da década de 1960. Depois de diversas convulsões políticas nas primeiras décadas do século XX, Portugal inicia em 1928 um período que dará origem ao Estado Novo e que implicará mais de quatro décadas de um regime no qual o ditador, António de Oliveira Salazar, desempenhou o papel fulcral. Neste contexto, os papéis da família, da mulher e da casa vão sofrendo alterações às quais os arquitectos não ficam indiferentes e com as quais se relacionaram de modo diverso.<br/>Na primeira parte do estudo, são identificados dois momentos antecessores essenciais para a compreensão dos anos 1960. O primeiro inicia se na passagem do século XIX para o XX e organiza-se em torno da figura do arquitecto Raul Lino e da discussão da "casa portuguesa". Para além da análise realizada sobre o conceito de habitar, subjacente aos diversos trabalhos publicados por este arquitecto, cruzam-se as suas propostas com as de outros autores menos relevantes. Foram igualmente comentados os projectos de habitação colectiva de Lino, tentando reconhecer neles reflexos do habitar reclamado. Relativamente a este período levantam-se, entre outras questões, a da passagem do paradigma unifamiliar para o da habitação colectiva e as intuições, presentes ou não consoante os autores, próximas de uma perspectiva antropológica do habitar. Como segundo grupo de produções antecessoras, são trabalhados textos de Francisco Keil do Amaral, Fernando Távora e Manuel Vicente Moreira, assim como as propostas apresentadas ao 1.º Congresso da Arquitectura Portuguesa (1948), no grupo de trabalho dedicado ao tema da habitação. <br/>Na segunda parte do presente estudo, propõe-se construir um entendimento sobre a ruptura que a década de 1960 representa para a reflexão sobre a arquitectura doméstica portuguesa, através das múltiplas escritas, produzidas por arquitectos e por outros técnicos directamente implicados nestas preocupações. O amadurecimento e a rigor colocados na generalidade dos trabalhos produzidos acontecem associados a uma profunda atenção à realidade. É reconhecível, numa linha com raízes anteriores, o desejo de melhorarem a acção projectual para que seja possível produzir um habitar digno e valorizador do viver doméstico. Já no início do século, a arquitectura como produção desejavelmente antropocentrada podia ser encontrada nas propostas de Raul Lino; desta vez, porém, a preocupação é objectivamente a da habitação colectiva. Assim, a família anónima a mapear passa a ser caracterizada através, principalmente, da quantificação. As acções distintas da teoria, da crítica e, mais tardiamente, da história, começam a acontecer em crescente cumplicidade com o projecto. A procura da cientificidade, da transdisciplinariedade e a ideia da Arquitectura como conhecimento encontram eco nos múltiplos discursos de que os arquitectos passam a ser parte activa.

Palabras clave

Raúl Lino; Nuno Portas; Historia de la arquitectura -- S.XX; Proyectos arquitectónicos; Portugal; Vivienda colectiva

Materias

72 - Arquitectura

Documentos

TPSP1de4.pdf

4.362Mb

TPSP2de4.pdf

15.01Mb

TPSP3de4.pdf

8.711Mb

TPSP4de4.pdf

11.66Mb

 

Derechos

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